Vendedores e compradores que participam de rodada de negócios na Câmara Árabe apostam que projeto comprador pode render pedidos no médio prazo. Clientes vieram ao País fazer negócios e assistir abertura dos jogos.
Compradores árabes e empresas brasileiras que participam do Projeto Comprador Copa do Mundo acreditam que a iniciativa poderá resultar em negócios nos próximos meses. Promovido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) em parceria com a Câmara de Comércio Árabe Brasileira, o projeto traz ao Brasil nesta semana dois importadores dos Emirados Árabes Unidos e um do Kuwait.
Na segunda-feira (09) e nesta terça-feira (10), eles participaram de uma rodada de negócios com empresas brasileiras de alimentos na sede da Câmara Árabe, em São Paulo. Na quinta-feira (12), irão assistir ao jogo de abertura da Copa do Mundo, entre Brasil e Croácia, a convite do projeto comprador.
“Essa iniciativa é uma ótima oportunidade para nos reunirmos com os fornecedores brasileiros. É uma forma de gerar relacionamento e estabelecer contatos, além de promover os negócios”, afirmou o gerente do departamento de franquias da Al Islami Foods, de Dubai, Talal Al Jarem. Ele veio ao Brasil em busca de carnes congeladas, principalmente de frango. “O Brasil é conhecido por ser o melhor produtor de frango do mundo”, disse.
O gerente de compras da T. Choithrams & Sons, de Dubai, Saneep Khimnani, afirmou que a empresa deverá voltar a conversar com os vendedores brasileiros nos próximos meses e que a realização do projeto comprador é uma forma de incentivar os negócios. “Iniciativas como essas são boas porque colocam diretamente em contato empresas que desejam vender aquilo que desejamos comprar. Isso economiza tempo e aumenta a chance de fazer negócios”, afirmou.
No segundo dia de rodada de negócios, os executivos da T.Choithrams & Sons, da Al Islami e da Alyasra, do Kuwait, receberam fabricantes de laticínios, produtores de café, de salgados, molhos à base de soja, alimentos embalados a vácuo e doces. Da rodada de negócios realizada na segunda-feira (09) participaram 11 empresas. Já as negociações desta terça-feira (10) receberam 18 companhias brasileiras.
Para o gerente de exportações da fabricante de alimentos embalados a vácuo, Vapza, Luiz Fernando Mion, a realização do projeto comprador poderá ajudar a impulsionar as negociações com os clientes árabes que vieram para o Brasil por meio desta iniciativa. “É uma forma de gerar relacionamento, pois atrai os representantes das empresas para assistir aos jogos da Copa do Mundo. Em contrapartida, coloca estes empresários em contato com as companhias brasileiras. Acredito que as reuniões que tivemos aqui poderão render resultados no médio prazo”, afirmou.
Coordenadora de comércio exterior da fabricante de leite e derivados Piracanjuba, Silvana Oliveira afirmou que as reuniões com os compradores árabes poderão abrir portas aos produtos da empresa nos próximos meses, especialmente para leite em pó, leite condensado e queijos. “Trazê-los para o Brasil foi uma boa ideia. Mas a negociação neste nosso setor é longa, apesar de já termos exportado para os países árabes e termos certificado halal (que segue as regras islâmicas de produção de alimentos)”, afirmou.
Setor de lácteos foi apresentado aos árabes
Outras empresas do setor de lácteos participaram da rodada de negócios desta terça-feira. Antes das negociações, executivos do projeto setorial de lácteos “B Dairy”, promovido pela Apex e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), apresentaram o setor lácteo brasileiro aos compradores árabes. O projeto “B Dairy” foi criado para ampliar as exportações brasileiras de leite e derivados. O Brasil é o quarto maior produtor mundial de leite. No País são produzidos 32 bilhões de litros por ano. Desse total, aproximadamente 5% são exportados. A meta do projeto é ampliar as exportações e os países árabes são o principal foco do projeto. Dos oito mercados escolhidos como prioritários cinco são árabes: Argélia, Emirados Árabes, Egito, Arábia Saudita e Iraque. Os outros três são China, Angola e Venezuela.
Fonte: Export News
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